Por Angela Boldrini | Folhapress
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
A OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou nesta quinta-feira (3) um plano de estratégia global para combate à dengue e outras arboviroses transmitidas por mosquitos da família Aedes.
O plano lista ações prioritárias para o controle de transmissão e recomendações para países afetados pelas doenças, listando cinco componentes essenciais para o combate a uma epidemia.
O passo-a-passo listado pela OMS prevê o estabelecimento de uma coordenação de emergência, com liderança clara e coordenativa; a vigilância colaborativa, com o desenvolvimento e uso de ferramentas para detectar precocemente o início de um surto; proteção comunitária, estimulando o engajamento local com ações de prevenção e resposta; cuidado médico efetivo e progressivo, assegurando o acesso a tratamento adequado para prevenir mortes; e o acesso a medidas como vacinas e investimento em pesquisa para novos tratamentos das doenças.
A organização anunciou que o plano estratégico será implementado até setembro de 2025, com custo estimado de US$ 55 milhões (R$ 301 milhões).
Ao redor do globo, cerca de quatro bilhões de pessoas vivem com risco de infecção por arbovírus, um número que deve crescer para cinco bilhões até 2050. A OMS também alerta para o crescimento de casos de dengue, que já atigiram a marca mundial de 12 milhões até agosto deste ano —quase o dobro dos 6,5 milhões reportados ao longo de 2023.
O Brasil é o país mais afetado pela dengue, afirmou em junho a OMS. De acordo com o Ministério da Saúde, o número provável de casos da doença no Brasil em 2024 é de 6,5 milhões. O número de mortes até o começo de setembro bateu em 5.250, com outras 1.996 em investigação, número cinco vezes maior do que o registrado em 2023.
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