Desse total, R$ 7,9 milhões são referentes apenas aos danos ao prédio da Presidência da República
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Passados cinco meses desde os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, calculados os danos causados ao patrimônio público do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), é possível contabilizar que já ultrapassam os R$ 26 milhões, segundo estimativa mais recente da Advocacia-Geral da União (AGU).
Desse total, R$ 7,9 milhões são referentes apenas aos danos ao prédio da Presidência da República.
De acordo com dados obtidos pelo Metrópoles, via Lei de Acesso à Informação (LAI), o governo federal desembolsou, até o momento, R$ 297,7 mil no reparo de bens e na recuperação da estrutura externa e interna do Planalto.
O total de recursos investidos na recuperação do edifício representa apenas 3,7% do prejuízo estimado para a sede da Presidência da República.
Até o momento, o Palácio do Planalto investiu no conserto dos danos prediais, como quebra de vidros, portas e outras estruturas físicas. Os maiores gastos destinam-se à recuperação de elevador e à aquisição de novas vidraçarias para a fachada do prédio.
O cálculo dos prejuízos segue em constante atualização. A maior parte dos estragos se concentra no STF, um dos prédios mais atingidos pelos bolsonaristas radicais. De acordo com um ofício enviado pela Corte ao Tribunal de Contas da União (TCU), a estimativa dos danos causados ao Supremo chega a R$ 11,4 milhões.
Já a estimativa de prejuízos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal é de R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, respectivamente.
Procurada pela reportagem, a Casa Civil informou que as despesas não contemplam objetos históricos e obras de arte, que também foram alvo dos radicais e têm valor inestimável.
Na lista de objetos históricos destruídos pelos bolsonaristas está o relógio de Balthazar Martinot, dado a Dom João VI pela Corte Francesa. No mês passado, Brasil e Suíça firmaram um acordo para recuperar o objeto. Uma equipe de especialistas suíços inspecionou os danos para dimensionar o trabalho e, em seguida, iniciar a recuperação.do Exército.
Veja abaixo os reparos e as respectivas despesas até agora:
Reparos na rede elétrica: R$ 8,7 mil;
Vidraçaria: R$ 204,4 mil;
Portas e divisórias: R$ 15 mil;
Pintura: R$ 13 mil;
Bancadas e tampos de mármore: R$ 7 mil;
Peças sanitárias: R$ 3 mil;
Gradil: R$ 7,5 mil;
Elevadores danificados: R$ 39 mil.
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