Por Edu Mota, de Brasília
Foto: Fabio Pozzebom / Agência Brasil
Depois da surpresa positiva na semana passada com os números do Produto Interno Bruto (crescimento de 1,9% na comparação trimestral), a divulgação dos índices de inflação do país, nesta quarta-feira (7), também reservou boas notícias. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,23% no mês de maio, registrando expressiva desaceleração dos preços em relação a abril (0,61%). Via BN
Segundo o IBGE, no ano de 2023, a alta acumulada do IPCA está em 2,95%. Já no cálculo dos últimos 12 meses, o índice inflacionário está em 3,94%. No mês de abril passado, o IPCA-15 marcou uma ata de 4,07% na avaliação dos últimos 12 meses.
A queda nos números da inflação já vinha sendo aguardada pelo mercado financeiro. O Boletim Focus do Banco Central divulgado na última segunda (5), com as estimativas de mais de 100 analistas das instituições financeiras, havia projetada queda na inflação pela terceira semana seguida. Segundo o Boletim, a projeção para o IPCA de 2023 caiu de 5,71% na semana passada para 5,69%.
A principal influência na desaceleração da inflação verificada em maio veio dos preços de passagens aéreas e da gasolina. As passagens aéreas tiveram recuo de 17,73% no mês passado, enquanto os preços da gasolina caíram 1,93%, puxando o IPCA para baixo. O resultado de maio na comparação com o mês de abril representou uma queda de 0,38% na inflação, e a A taxa oficial de 0,23% é a menor para o mês de maior desde 2020 (-0,38%) além de ser a menor taxa mensal desde setembro passado (-0,29%). No grupo combustíveis, houve queda também nos preços do óleo diesel (-5,96%) e do gás veicular (-1,01%).
A desaceleração do índice em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de Alimentação e bebidas, que passou de alta de 0,71% em abril para apenas 0,16% em maio. O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que passou de 0,73% no mês anterior para uma estabilidade em maio. O grupo registrou queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%). Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%).
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