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sábado, 3 de junho de 2023

Cerveja vai ficar mais cara no Brasil

Ambev (ABEV3) e Heineken: cerveja vai ficar mais cara no Brasil
Fabricantes apresentaram um estudo mostrando que, desde 2019 até o fim de 2022, absorveram 52,8% do aumento dos custos de produção
Preço da cerveja deve aumentar / Divulgação
As cervejarias avisaram aos diversos estados que hoje pensam em elevar impostos do setor para reforçar o caixa, que não consegue mais segurar o preço da bebida.

Representados pelo Sindicerv, os fabricantes do mercado apresentaram um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrando que, desde 2019 até o fim de 2022, absorveram 52,8% do aumento dos custos de produção. O repasse aos preços foi, segundo a entidade, de 14%. As informações são da “Folha de S.Paulo”.

O setor, que tem as gigantes Ambev (ABEV3) e Heineken como líderes do mercado, tem peso no cálculo da inflação medida pelo IPCA. Essa política fez reduzir as já apertadas margens de lucro. Para as microcervejarias, não deve haver retorno.

A entidade afirma que o aumento dos custos se deve à escassez de embalagens, alta nos preços de malte e lúpulo, insumos primordiais da cerveja, ambos importados em grande maioria.

Mesmo assim, a expectativa é fechar este ano com um aumento de 4,5% na produção e consumo da bebida, atingindo o patamar de 16,5 bilhões de litros.

Heineken continua preferida no Brasil; Ambev ganha espaço
A Heineken segue como a marca de cerveja preferida entre os brasileiros, segundo pesquisa do Bank of America (BofA). O relatório mostra também que a Ambev está ganhando participação no mercado de bebidas no Brasil, onde a categoria de cerveja vem acelerando, com Brahma e Amstel ganhando espaço sobre Bud, Stella e Skol

A pesquisa própria do banco com 1 mil consumidores indica que o consumo continua crescendo, o mix de canais tem estado no centro da decisão de compra, a inovação é relevante e os volumes de Petrópolis estão sob pressão, escrevem os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

Segundo eles, apesar do bom momento dos volumes e da perspectiva de melhoria das margens, a melhor perspectiva operacional da Ambev pode ser contida pelo enfraquecimento dos riscos macro e tributários.

Os analistas afirmam que os brasileiros estão bebendo mais cerveja, à medida que saem para experimentar novas marcas, reforçando a preferência crescente de Brahma, que agora é a segunda marca em termos de preferência após o lançamento de Brahma Duplo Malte. A Ambev está mudando seu foco para novos produtos, com a adição de Spaten e Michelob Ultra.

Eles ressaltam que a Heineken segue como a cerveja preferida no Brasil, com as marcas premium continuando a ser aspiracionais com preferência muito à frente do consumo. Já o mix de canais tem se mostrado muito importante, com clientes mudando do varejo para o serviço de alimentação e concentrando-se em canais mais baratos, como supermercados, para manter a marcar e o volume.

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