No dia 5 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional da Mamografia, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do exame para detecção precoce do câncer de mama. O exame é uma radiografia do tecido mamário, feita por um equipamento de raios-x, o mamógrafo, capaz de identificar lesões nos estágios iniciais. A data foi instituída pela Lei nº 11.695/2.008.
A mobilização da data visa também a disseminação de dados preventivos e ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde, garantindo um tratamento de qualidade.
Ainda que não seja possível evitar a doença, a mamografia contribui para o rastreamento precoce, detectando o câncer de mama não-palpável, ou seja, que não pode ser identificado durante o autoexame ou exames clínicos.
Recomendação
No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde - assim como da Organização Mundial da Saúde e de outros países - é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais, nem sintomas) em mulheres com idade entre 50 e 69 anos, uma vez a cada dois anos, como forma de identificar o câncer antes do surgimento de sintomas.
É importante que as mulheres observem as suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para isso (seja no banho, no momento da troca de roupa, ou em outra situação do cotidiano), valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias. A mulher deve procurar esclarecimento médico sempre que houver dúvida.
O diagnóstico e o tratamento do câncer de mama tiveram grandes avanços nos últimos anos, como a própria mamografia, que conta com aparelhos de maior definição da imagem.
Criada em 1992, a certificação em mamografia foi o primeiro Programa de Qualidade do CBR. Exerceu papel fundamental em auxiliar na evolução dos cuidados e protocolos de diagnóstico e tratamento do câncer de mama no país e comprovou a importância do foco em Qualidade na Saúde.
O pioneirismo da Comissão de Qualidade em Mamografia do CBR antecedeu inclusive comissão correlata do Colégio Americano de Radiologia (ACR) e serviu de modelo para diversos países e para as outras certificações criadas pelo CBR.
A implantação de um Programa de Qualidade aperfeiçoou e apontou diretrizes para sanar problemas encontrados, como as elevadas doses de radiação, por descontrole da calibração das máquinas; a padronização de apresentação das imagens, o posicionamento da paciente durante os exames, entre muitos outros pontos verificados.
Nestes 30 anos, o Programa de Selo de Qualidade em Mamografia do CBR certificou mais de 1.000 instituições no Brasil e avaliou mais de 3.000 exames.
Uma das etapas da certificação em mamografia é a avaliação técnica de exames, onde um dos critérios avaliados é a correta classificação do BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System), sistematização internacional para avaliação mamária, interpretação e laudos de exames de imagem da mama. A classificação do BI-RADS ajuda a estimar qual a chance de determinada imagem da mamografia ser câncer.
Após sucessivas reprovações em razão de classificação incorreta do BI-RADS, a Comissão de Mamografia do CBR instituiu a obrigatoriedade da realização do curso PEC BI-RADS, como um processo educativo para os médicos que não a classificavam de acordo. Desde a implantação do curso, nenhuma clínica que se submeteu ao processo de certificação do Selo de Qualidade em Mamografia, foi reprovada.
Para o paciente, realizar a mamografia em uma clínica que tem o Selo de Qualidade, significa que está realizando o exame em um aparelho com dose de radiação adequada, bem posicionado, com boa qualidade de imagem e com médicos interpretadores com qualificação adequada. Para a clínica, revela o compromisso com seu paciente e com o processo de qualidade como um todo.
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