Ibama detecta sumiço de 7 aves em extinção do criatório ilegal da casa de Anderson Torres

Ex-ministro tem dez dias para informar o paradeiro dos pássaros; caso não apresente os animais ele poderá ser enquadrado por comércio ilegal de aves em extinção

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após identificar um criatório ilegal de aves na casa de Anderson Torres, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro sobre o desaparecimento de sete pássaros em extinção do local.

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, durante busca e apreensão na sexta-feira (24), a esposa de Torres não soube informar o paradeiro das aves, que segundo a base de dados do Ibama, deveriam estar no criadouro.

O ex-ministro, que está preso por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, tem dez dias a partir da data da notificação para apresentar os pássaros. Caso os animais não sejam apresentados, poderá recair sobre ele a suspeita de comércio ilegal de aves em extinção, o que complicaria ainda mais sua situação na Justiça. Segundo a coluna, Torres é registrado no Ibama como criador amador, o que não o autoriza a comercializar os pássaros.

Uma das aves sumidas teria morrido, segundo uma funcionária da casa. A anilha de identificação do animal foi entregue ao Ibama. Conforme a publicação, os sete pássaros desaparecidos são bicudos, aves que entraram em processo de extinção por conta da grande captura. A estimativa é que em 2022 havia menos de 100 bicudos em vida livre no país. No mercado legal, este tipo de ave pode valer entre R$ 3 mil e R$ 20 mil.