Sildo abriu uma banca de frutas e verduras e pede que o cliente pague quanto puder pelos alimentos
- Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
“Pague quanto puder, e se não puder, leve de graça”. É dessa forma que Sildo Mundt, 66 anos, mantém o comércio dele há pouco mais de 1 ano, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Por Monique de Carvalho / SNB
Sildo trabalha como caseiro em um sítio na Estrada Jorge Pereira Nunes, na zona sul da capital e, para complementar a renda, ele criou uma banca de frutas e verduras com sistema de pagamento diferente..
O comerciante não tem caixa registradora, maquininha de cartão, nem etiqueta com preço nos produtos. Os clientes simplesmente chegam, deixam uma contribuição e levam o que precisam. Tudo baseado na honestidade e empatia.
Contribuições espontâneas
A ideia de criar uma banca solidária surgiu após perceber as dificuldades que amigos e vizinhos enfrentaram, principalmente nesta pandemia.
Sildo conta que, ao mesmo tempo que tinha gente precisando de alimento, ele via as colheitas do sítio estragando. Foi assim que resolveu compartilhar e, ao mesmo tempo, ter um dinheiro extra.
“É para ajudar. Muita fruta acabava estragando, e eu vejo que tem gente que não pensa no próximo. Joga fora em vez de doar. Se todo mundo fizesse um pouquinho disso, o mundo seria melhor”, afirma.
O caseiro conta que, ao ver vizinhos em dificuldade na área rural da capital, teve a ideia de repartir a colheita, que em alguns dias inclui aipim, chuchu, banana e mamão, além da grande variedade de laranja, limão e bergamota. Atualmente, diz ter mais doações do que vendas.
“Tem mais ou menos um ano que coloquei isso aí. As frutas sempre saem, mas o valor que as pessoas deixam diminuiu. Só que o dinheiro não é o mais importante pra mim e sim que elas levem pra casa”, finaliza.
Pague quanto puder
Apesar de o foco do Sildo não ser o lucro com o pequeno negócio, o modelo de empresas “Pague quanto puder” ou “Pague o que puder” vem ganhando muito espaço no mercado brasileiro. Mais em sonoticiaboa.com.
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