Foto: Reprodução / Redes Sociais
O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na América do Sul cobrou, nesta sexta-feira (27), das autoridades brasileiras uma "investigação célere e completa" da morte de Genivaldo de Jesus Santos, morto ao ser asfixiado no fundo de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Umbaúba (SE), na última quarta-feira (25) (veja aqui).
O chefe da representação da ONU afirmou que é fundamental que as investigações cumpram com as normas internacionais de direitos humanos e que os agentes responsáveis sejam levados à Justiça, garantindo reparação aos familiares da vítima.
Genivaldo tinha esquizofrenia e foi colocado em uma "câmara de gás" improvisada no fundo do veículo. De acordo com Jarab, a morte do homem é, em si, "chocante" e "mais uma vez coloca em questão o respeito aos direitos humanos na atuação das polícias no Brasil".
Ele lembrou casos recentes como o da operação na Vila Cruzeiro, na semana passada, que deixou pelo menos 23 pessoas mortas. "A violência policial desproporcional não vai parar até as autoridades tomarem ações definitivas para combatê-la, como a perseguição e punição efetiva de qualquer violação de direitos humanos cometida por agentes estatais, para evitar a impunidade", completou o chefe para América do Sul da ONU.
No mesmo dia em que houve o comunicado, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para investigar a morte de Genivaldo. Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) informou que, por se tratar de um crime contra uma pessoa com deficiência, vai acompanhar a atuação das instituições nos desdobramentos e apurações sobre o caso.
A coleta de relatos da família da vítima e uma reunião com a superitendência da PRF em Sergipe devem ser algumas das primeiras medidas a serem tomadas pela procuradoria.
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