Depois de crescer oito pontos percentuais em três meses e reduzir de 22 para 14 pontos a desvantagem em relação a Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) parou de crescer em maio, conforme pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). De acordo com o levantamento, o petista tem 46% das intenções de voto no primeiro, um ponto a mais do que em abril. Já Bolsonaro se manteve com 31%, interrompendo uma escalada que começou em fevereiro, quando tinha 23%, e ganhou impulso em março, quando atingiu 26%. Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB) registraram, respectivamente, 9% e 4%. Nos dois principais cenários pesquisados, Lula supera numericamente a soma dos demais adversários (46% a 44%), o que, em tese, lhe dá chance de vencer no primeiro turno. Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, os embates de Bolsonaro com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contribuíram para a interrupção do crescimento de sua campanha à reeleição. Nunes citou especificamente a influência do caso do perdão presidencial ao deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), condenado à prisão pelo STF. “A graça presidencial ao deputado Silveira engajou os setores radicais da campanha, mas afastou o eleitor moderado que vinha se aproximando do presidente.” Em sua sexta candidatura à Presidência, Lula lidera em quatro das cinco regiões do país — só perde no Centro-Oeste, por 48% a 32%. Na estratégica região Sudeste, o petista tem vantagem folgada, de 43% a 29%. Na simulação de segundo turno, Lula tem 54%, e Bolsonaro 34%. 59% dizem que conhecem Bolsonaro e não votarão nele. No caso de Lula, são 43%. Além disso, 58% declararam que o presidente não merece renovar o mandato, enquanto 53% afirmaram que o petista merece à Presidência. Outro dado chama a atenção: entre quem votou em Bolsonaro no segundo turno em 2018, 18% responderam que preferem a vitória do petista em 2022. Um fator importante para a rejeição ao candidato à reeleição é a economia, considerada o principal problema do país para 50% dos entrevistados em maio. Em abril, o percentual era de 46%. Nesse tema os números são em geral ruins para o presidente. Exemplo: 59% afirmaram que a capacidade de pagar contas nos últimos três meses piorou.
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