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sexta-feira, 22 de abril de 2022

PT faz mudança e campanha de Lula terá baiano Sidônio Palmeira como marqueteiro

por Maurício Leiro / Gabriel Lopes/BN
Foto: Renata Farias / Bahia Notícias
Em meio a uma crise na pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta retornar ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro, o publicitário baiano Sidônio Palmeira será o marqueteiro responsável por conduzir as ações de Lula até outubro. A informação foi confirmada ao Bahia Notícias por uma fonte ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT) sob condição de anonimato.

Segundo as informações, a chegada de Sidônio já é um ponto pacificado dentro do partido. A expectativa é que o publicitário leve o time de marketing completo da Bahia para São Paulo, onde Sidônio está desde a última quarta-feira (20).

A movimentação, no entanto, tem levantado preocupação na cúpula petista na Bahia. O motivo apontado seria a situação da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT), nome escolhido pelo partido para tentar manter a hegemonia da sigla na disputa pelo Palácio de Ondina. A ideia entre as lideranças é que Sidônio reforça a campanha de Lula, mas deixa Jerônimo "desguarnecido" no estado, o que pode enfraquecer as ações.

Ainda conforme as informações obtidas pelo BN, o PT baiano quer segurar, ao menos, Raul Rabelo, sócio de Sidônio na Agência Leiaute, para a campanha de Jerônimo Rodrigues. Em 2018, Sidônio cuidou do marketing da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência. De perfil discreto, Sidônio também já atuou em campanhas na Bahia do atual governador do estado, Rui Costa (PT), e do ex-governador baiano e atual senador Jaques Wagner (PT-BA).

INSATISFAÇÃO GERAL
Insatisfeitos com o trabalho do marqueteiro Augusto Fonseca, dirigentes do Partido dos Trabalhadores decidiram trocar o responsável pelo marketing da campanha do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto este ano. Entre petistas, a avaliação é de que as primeiras peças produzidas por Augusto Fonseca foram “sem emoção”. Também há críticas ao valor da campanha cobrado pelo marqueteiro, de cerca de R$ 45 milhões.

No PT, há também quem defenda a saída do jornalista Franklin Martins, atual coordenador geral da comunicação de Lula e responsável por escolher Augusto Fonseca. A reclamação vai além do trabalho de Franklin. Dirigentes e parlamentares petistas afirmam que o jornalista tem dificuldades de se relacionar com integrantes do partido, aos quais sequer cumprimenta.

Fora isso, há críticas à estratégia de Lula nas redes sociais, também responsabilidade de Franklin. Aliados do ex-presidente consideram que é preciso mudar essa estratégia para “aumentar o engajamento” do petista.

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