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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Guedes diz que faltou apoio para agenda liberal e se diz frustrado com o ritmo das reformas

Ao Estadão, Ministro da Economia, que acabou de completar três anos de governo, também falou sobre impacto da pandemia na área econômica do país
Estadão * Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, estar “frustrado”com o ritmo das reformas econômicas e a “falta de apoio” para implementar a sua agenda liberal. “Não tive o apoio que tinha de ter”.

“Nós entramos com uma plataforma que é o resultado de uma aliança de conservadores e liberais, que funcionou politicamente para a eleição, mas a engrenagem não girou. Essa aliança não conseguiu nem implementar as propostas dos conservadores, porque os liberais têm valores um pouco diferentes, nem as reformas liberais, porque às vezes têm fogo amigo dos conservadores”, disse.

O ministro, que acabou de completar três anos de governo, disse ainda que as reformas ambiciosas propostas não estão andando na “velocidade em que gostaríamos”.

“Naturalmente, há uma frustração nossa com o ritmo das reformas. Então, em parte, é uma percepção razoável, mas em parte é completamente injusta. Hoje, há uma politização muito radicalizada no Brasil e isso desfavorece a compreensão do que está acontecendo. Há muita militância e falsas narrativas, por desinformação mesmo e talvez por falhas nossas de comunicação, mas também por desonestidade intelectual. Por exemplo: acho profundamente desonesto ignorar o impacto da pandemia – uma crise sanitária de proporções nunca vistas antes, em que mais de 600 mil pessoas perderam vidas e empresas foram destruídas – na agenda econômica”, disse o ministro.

“Todas as narrativas reconhecem que a pandemia foi algo terrível, que efetivamente foi, uma tragédia de dimensões planetárias. Mas, quando se fala do seu impacto na economia, as cobranças são como se não houvesse uma guerra e como se, nos três anos em que estamos aqui, dois não tivessem sido voltados à pandemia. Na verdade, só tivemos um ano de tranquilidade, que foi o primeiro ano de governo, tomado pela reforma da Previdência”, completou.

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