> TABOCAS NOTICIAS : Moro minimiza vaias em aeroporto: ‘provavelmente foram pagas’

domingo, 9 de janeiro de 2022

Moro minimiza vaias em aeroporto: ‘provavelmente foram pagas’

O pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) atribuiu as vaias que ouviu ao desembarcar em João Pessoa, ontem, a “uma ou duas pessoas que provavelmente foram pagas”. O ex-ministro da Justiça foi hostilizado por um pequeno grupo em sua chegada à capital da Paraíba nesta quinta-feira, 6. Ele visita o Estado como parte de um giro pelo Nordeste, que segue no mês que vem. Estadão Conteúdo

O ex-ministro afirmou na sexta, 7, que tem sido bem recebido na Paraíba. Ele já esteve em João Pessoa, na quinta, foi a Campina Grande e retornou à capital. Segundo ele, havia uma “multidão favorável” no Aeroporto Internacional Castro Pinto ontem, durante seu desembarque, elogiando e pedindo para tirar fotos. “Nesses tempos de internet, pega duas pessoas, que provavelmente foram pagas, e faz uma gritaria. Foi um episódio ‘pequeniníssimo’”, disse, hoje, em entrevista à Rádio Jornal, acrescentando que “as pessoas têm direito a ter sua opinião”.

Em novembro do ano passado, ao chegar a Brasília para a filiação ao Podemos, Moro foi xingado por um grupo de manifestantes ao desembarcar no aeroporto da capital federal. Na ocasião, o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo (Sintrajud) assumiu a organização do protesto.

Na entrevista desta sexta-feira, o ex-ministro voltou a defender o fim da reeleição para cargos executivos no País, argumentando que o modelo “não funcionou”. Moro também disse ser a favor do fim do foro privilegiado, que, segundo ele, “põe o político como alguém superior ao cidadão comum”.

Como tem feito nos eventos dos quais participa, o ex-juiz também fez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem condenou no âmbito da Operação Lava Jato, e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro. Ele voltou a se manifestar contra a polarização em torno de ambos os nomes para o pleito deste ano e disse que o Brasil “é mais que isso”.

Durante sua passagem pelo Nordeste, o presidenciável reafirmou a intenção de implementar uma reforma do Poder Judiciário caso seja eleito. Moro confirmou que Joaquim Falcão, professor de direito constitucional e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), será o responsável pela coordenação do time de juristas chamados por ele para elaborar propostas nesse quesito. Em entrevista à rádio Correio, de João Pessoa, ele afirmou que o País sofre com uma situação de “insegurança jurídica” e defendeu a necessidade de ter um Judiciário “mais eficiente e menos custoso.”

As declarações de Moro provocaram reação na classe jurídica. A presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, defendeu que qualquer mudança no Poder Judiciário deve ser conduzida por seus integrantes, não de fora para dentro. Estadão Conteúdo

Nenhum comentário:

Postar um comentário