por Erem Carla / BN
Foto: Christian Erfurt / Unsplash
O momento pandêmico também interferiu em uma das atividades favoritas da maioria das pessoas: fazer sexo. Para alguns, a pandemia contribuiu com a decisão de dar um tempo na relação com o parceiro. Para outros, a obrigatoriedade de conviver diariamente no mesmo espaço físico resultou no fim da relação, além de quem ainda se sentem inseguro para se relacionar sexualmente com outras pessoas.
Aos casais que venceram os altos níveis de ansiedade e estresse causados pela pandemia, a solução para um outro problema desenvolvido neste período vem sendo requisitada. No Brasil, cerca de 30% dos homens têm ejaculação precoce, segundo dados de 2021 da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
A ejaculação precoce é a incapacidade primária ou secundária de controlar a ejaculação antes, durante ou logo após a penetração vaginal. Ou seja, o homem ejacula sem nem ao menos ter percebido que ia ejacular.
De acordo com a sexóloga Claudia Meireles, a literatura não os aponta como causa direta, contudo a ansiedade, o medo, as tensões ocasionadas pelo Covid-19 e H3N2 podem deflagrar episódios de ejaculação precoce. A ansiedade é uma das principais causas do distúrbio, e à medida que os episódios vão se repetindo, a ansiedade vai aumentando, ocasionando um ciclo sexual precoce.
“Vale ressaltar que, muitos homens, independente da idade, por medo de perder a ereção, ejaculam rápido pois dessa forma ele cumpriu sua função viril. Muita queixa de ejaculação precoce esconde um medo de perder a ereção ou efetivas falhas de ereção”, explica.
Com o controle da ansiedade é possível ter uma melhora no tempo de ejaculação, mas caso o problema se torne difícil de contornar, a sexologia clínica é encarregada de cuidar, também, da ejaculação precoce utilizando-se de técnicas psicoterápicas específicas e, quando necessário, uso conjugado de medicamentos.
“Neste caso, se percebeu que algo mudou na sexualidade, no desejo, ereção, ejaculação ou orgasmo, a indicação é de que busque um profissional especialista em sexologia clínica”, aconselha a profissional.
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