Fotos: Agência Senado / Câmara dos Deputados
Após a fusão do DEM e PSL resultar no ‘superpartido’ União Brasil, algumas das maiores legendas do país já começa as articulações para se organizarem em federações, que passou a ser permitida após o Congresso derrubar o veto presidencial que impedia a ação. De acordo com as regras aprovadas, os partidos precisariam se manter juntos também nas eleições municipais de 2024.
Segundo o jornal O Globo, PP, PL e Republicanos já iniciaram conversas nesse sentido, assim como o MDB com o Avante e o Solidariedade. Ainda de acordo com a publicação, também há negociações envolvendo Cidadania, Rede e PV, e, na esquerda, do PCdoB com o PSB.
Na semana passada, o ministro-chefe da Casa Civil e presidente licenciado do PP, Ciro Nogueira, conversou com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e enviou mensagem ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira, sugerindo que as três legendas se unam numa federação, com o objetivo de eleger uma bancada expressiva no Congresso nas eleições de 2022. Juntas, as três legendas chegam a 116 deputados e 12 senadores.
Porém a provável chega de Jair Bolsonaro (sem partido) ao Progessistas pode inviabializar a fusão, já que hoje as siglas têm a opção de liberar seus diretórios estaduais a apoiarem o candidato mais conveniente naquela região, com a possibilidade de darem palanque inclusive ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), provável adversário de Bolsonaro no ano que vem
Já os dirigentes do MDB, Avante e Solidariedade conversaram sobre a possibilidade de uma união temporária, mas admitem que é difícil a união sair do papel, já que um possível acordo beneficiaria mais os emedebistas em detrimento dos demais. Atualmente, o MDB tem 34 deputados, Avante tem oito e Solidariedade tem 13. Juntos, somariam 55 parlamentares na Câmara.
No passado, Cidadania, Rede e PV cogitaram uma fusão, mas a ideia não vingou. A expectativa agora é que a união possa ser viabilizada por meio da federação. O Podemos também teria sinalizado interesse em participar da união.
Na esquerda, o PCdoB já estaria de olho numa aproximação com o PSB, já que se vê ameaçado pela cláusula de barreira. Pela regra, só terá acesso ao fundo partidário e ao horário eleitoral gratuito partidos que atingirem 2% dos votos válidos para a Câmara na eleição do próximo ano, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação ou conseguirem eleger 11 deputados distribuídos em nove estados.
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