Lei australiana impõe regras rígidas e exige verificação de idade para impedir que menores tenham contas em redes sociais | Foto: Divulgação
Um projeto de lei que proíbe menores de 16 anos de criarem ou manterem contas em redes sociais como Instagram, TikTok e Facebook entra em vigor no dia 10 de dezembro na Austrália. A proposta foi aprovada no final do ano passado e marca uma mudança significativa na regulamentação digital do país. Gabriel Maia - Estágio DMP - Via dm
Segundo o primeiro-ministro Anthony Albanese, a lei coloca a Austrália na vanguarda da proteção da saúde mental e do bem-estar de crianças e adolescentes diante dos efeitos prejudiciais das redes sociais, como o cyberbullying. Ele destacou que caberá às plataformas adotar medidas razoáveis para impedir que qualquer usuário menor de 16 anos mantenha uma conta ativa.
A legislação prevê que redes como Instagram, X, TikTok e Facebook poderão ser multadas em até 50 milhões de dólares australianos, cerca de 173 milhões de reais, caso apresentem falhas sistêmicas na prevenção do acesso por menores de idade.
A medida busca reduzir riscos como exposição a conteúdos inadequados, aliciamento, coleta indevida de dados e danos à saúde mental, incluindo impactos emocionais e psicológicos. As plataformas serão obrigadas a excluir contas de menores identificados, adotar sistemas mais rígidos de verificação de idade e poderão ser responsabilizadas se permitirem acesso indevido.
A decisão foi tomada após anos de debates, estudos e discussões sobre os prejuízos das redes sociais no desenvolvimento de jovens. Diversos países já avaliaram propostas semelhantes. Em 2023, a França sugeriu uma proibição para menores de 15 anos, mas a regra permitiria o acesso mediante consentimento dos pais. Nos Estados Unidos, empresas de tecnologia precisam de permissão dos responsáveis para coletar dados de crianças menores de 13 anos, o que levou a maioria das plataformas a impedir o uso por esse público.












































