Tarifas passam a valer a partir de 2026 sobre automóveis, autopeças, têxteis, vestuário, plásticos e aço; medida deve gerar bilhões em receita
SBT News, com informações da Reuters
Foto: Agência Brasil

O projeto passou com 76 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções. O texto final é mais brando que a versão que havia travado na Câmara no início do outono, reduzindo tarifas em cerca de dois terços das aproximadamente 1.400 linhas de produtos, principalmente têxteis, roupas, aço, autopeças, plásticos e calçados, em comparação à proposta original.
A medida, antes aprovada pela Câmara dos Deputados, impõe ou eleva tarifas de até 50% a partir de 2026 sobre automóveis, autopeças, têxteis, vestuário, plásticos e aço vindos de países sem acordo comercial com o México, como China, Índia, Coreia do Sul, Tailândia e Indonésia. Para a maior parte dos itens, a alíquota deverá ficar em até 35%.
A China reagiu imediatamente. O Ministério do Comércio afirmou, nesta quinta-feira(11), que irá monitorar o novo regime tarifário e avaliar seus impactos, alertando que medidas desse tipo “prejudicam substancialmente” os interesses do comércio bilateral.
“A China sempre se opôs a todas as formas de aumento unilateral de tarifas e espera que o México corrija essas práticas protecionistas o mais rápido possível”, disse o ministério.
Em coletiva em Pequim, uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que adotar protecionismo “vai contra a maré da globalização econômica” e não beneficia nem o próprio país que aplica a tarifa.
Analistas e representantes do setor privado avaliam que a decisão mexicana atende a interesses dos Estados Unidos, que vêm pressionando países latino-americanos a limitar vínculos econômicos com a China. A medida também deve reforçar o caixa federal: o governo estima arrecadar US$ 3,76 bilhões adicionais no próximo ano, num esforço para reduzir o déficit fiscal.
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