A prática de malhar em jejum ganhou popularidade ao prometer maior queima de gordura sem a necessidade de uma refeição prévia
Foto: Ilustrativa/Pexels

A prática de malhar em jejum ganhou popularidade ao prometer maior queima de gordura sem a necessidade de uma refeição prévia. A lógica difundida é simples: sem combustível imediato, o corpo utilizaria as reservas de gordura como fonte de energia. No entanto, evidências científicas recentes contestam essa ideia. Com informações da Agência Einstein.
Um estudo publicado no Clinical Nutrition ESPEN analisou 28 pesquisas envolvendo 302 adultos saudáveis para avaliar a eficácia do exercício em jejum. A investigação, conduzida por pesquisadores do Irã, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil, concluiu que fazer exercícios sem se alimentar não oferece vantagens metabólicas em comparação ao exercício após uma refeição. Segundo os autores, o jejum pré-treino não melhora o uso de glicose ou gorduras como fonte energética.
Os pesquisadores destacam, porém, limitações relevantes, como a ausência de análise sobre o tipo de refeição realizada antes dos treinos e o nível de condicionamento dos participantes. A heterogeneidade entre os protocolos de exercício dos estudos também merece atenção.
Apesar das incertezas, especialistas apontam riscos na adoção da prática, especialmente em atividades intensas ou por pessoas suscetíveis à hipoglicemia. “Praticar atividades físicas em jejum traz mais riscos do que benefícios para o metabolismo e a performance. Esse é, inclusive, o posicionamento do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) e do Comitê Olímpico Internacional (COI)”, afirma o médico do esporte e nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, diretor do departamento de Nutrologia Esportiva da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Mais no aratuon
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