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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Governo da Bahia autoriza desapropriação em Maragogipe para instalação de canteiro da Ponte Salvador-Itaparica

Área de 455 mil m² será usada temporariamente nas obras; negociação com a Petrobras para utilização do Estaleiro Enseada está em fase final.
Divulgação Divulgação/Enseada
Um decreto do governador Jerônimo Rodrigues (PT) autorizou a desapropriação de uma área de 455 mil m² em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, para a implantação temporária de canteiros de obras do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica. A medida permite que a concessionária responsável pelo empreendimento execute atos administrativos e judiciais necessários, incluindo a liquidação e o pagamento de indenizações em caráter de urgência.

Em Maragogipe está localizado o Estaleiro Enseada, de propriedade da Petrobras, no distrito de São Roque do Paraguaçu. Em entrevista nesta quarta-feira (10), Rodrigues afirmou que as negociações com a estatal para utilização da estrutura como um dos três canteiros da obra estão próximas de ser concluídas. “Nós estamos conversando com a Petrobras para que no Estaleiro de Maragogipe, a gente possa ter um berço para o consórcio chinês vir montar as peças para a ponte. Nós estamos quase em últimos detalhes para isso. Geração de emprego para além do que nós estamos contando ali já em Maragogipe”, disse o governador.

Durante apresentação do projeto em setembro, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o CEO da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica, Cláudio Villas Boas, explicou que o estaleiro de São Roque terá “função muito específica” na construção. Os canteiros nas cabeceiras — em Salvador e em Vera Cruz — foram considerados insuficientes para todas as etapas da obra. A área disponível em Salvador não chega a 50 mil m², espaço limitado para montagem de pré-moldados e fabricação de estacas metálicas. Em Vera Cruz, embora o terreno tenha dimensão adequada, a baixa profundidade do local dificulta a movimentação necessária.

Segundo Villas Boas, a escolha por um terceiro canteiro se deve à necessidade de uma área ampla, com infraestrutura portuária e condições ambientais adequadas. “Nenhuma das duas cabeceiras (em Salvador e em Vera Cruz) se mostrou tecnicamente viável para fazer todos os serviços necessários em canteiro. Por isso a necessidade de ter um terceiro canteiro. A gente buscou ao longo de toda a Baía de Todos os Santos aquela região que estivesse mais propícia. Por isso o estaleiro São Roque: plano, com mais de 300 mil m², com piers, com calado para fazer movimentações, e já com processo ambiental, ou seja, é um local já propício, autorizado para esse tipo de atividade”, afirmou.

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