Foto: Divulgação/ PCCE
Um homem de 29 anos, apontado como líder de um esquema de furto qualificado por meio eletrônico, foi preso pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) nesta quarta-feira (10/12). Ele é suspeito de subtrair pelo menos 68 veículos de uma locadora nacional, causando um prejuízo aproximado de R$ 5 milhões. Com informações de Diário do Nordeste.
A prisão ocorreu em um condomínio de luxo na Cidade Alpha, no Eusébio (RMF). Com o suspeito, que levava uma vida de alto padrão e se apresentava como empresário lícito, foram apreendidos dois veículos de luxo Jeep Compass, além de computadores e celulares.
Mecanismo do Golpe e Revenda
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Ceará em colaboração com o Ministério da Justiça (Ciberlab/MJ), começou em janeiro após a denúncia da locadora. O hacker obteve dados de empresas clientes e fraudou o sistema de locação, retirando automóveis no Ceará, São Paulo e Rio Grande do Sul.
O titular da DRCC, delegado Alan Araújo, informou que os veículos eram revendidos em redes sociais, aplicativos de mensagens e até na Dark Web sob a classificação de "carros de estouro" ou "veículos para desmanche". A suspeita é que muitos dos automóveis tenham sido destinados a desmanches ou enviados para países que fazem fronteira com o Brasil.
Os preços de revenda variavam drasticamente: Picapes por R$ 15 mil, SUVs por R$ 10 mil e Sedans por R$ 6 mil.
Além do mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão contra o hacker no Eusébio, a operação cumpriu outros 16 mandados em Fortaleza, São Paulo e Palmas (TO). O hacker já possuía uma condenação antiga por furto de celular.
Para tentar ressarcir o prejuízo da vítima, a Polícia Civil solicitou à Justiça o bloqueio de até R$ 3 milhões das contas bancárias de cada um dos 17 investigados no esquema. Os suspeitos são investigados pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado por meio eletrônico, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro, podendo as penas ultrapassar 35 anos de prisão.
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