RECEITA CONDENA PARCERIA COM CREFISA, E PALMEIRAS ASSUME RISCOS EM REFORÇOS
Por Danilo Lavieri Do UOL, em São Paulo
A Receita Federal vetou o molde da parceria entre Palmeiras e Crefisa. A relação pode existir, mas seguindo novas regras. Agora, o Alviverde é obrigado a devolver o investimento feito pela parceira nas contratações dos atletas. A medida começa a valer a partir deste ano, mas tem efeito retroativo para os reforços bancados pela empresa no passado.
Na prática, isso significa que o clube passa a ter um risco caso não consiga vender os atletas que foram contratados com aporte da instituição financeira. A informação foi dada pelo Estado de S. Paulo e confirmada pelo UOL Esporte com pessoas do clube e da patrocinadora. Para entender a diferença, o caso do Borja serve como explicação.
Para colocar o colombiano no Palmeiras, a Crefisa bancou quase R$ 35 milhões. Nos moldes anteriores, o clube precisaria devolver a mesma quantia caso vendesse o atleta e poderia ficar com o lucro. Caso o atacante não fosse negociado ou vendido por um valor menor, o prejuízo ficaria apenas com a instituição financeira.
Nos novos moldes, o time paulista segue com o direito de receber um eventual lucro na transação. Mas também precisará devolver o dinheiro caso o camisa 9 não seja negociado. Esse pagamento pode ser feito em até dois anos e sofrerá a menor correção monetária possível. Antes, essa verba era justificada como compras de propriedades de marketing.