Entre os acusados estão sócios e funcionários do laboratório PCS Labs Saleme, responsáveis por exames laboratoriais equivocados
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro, decretou a prisão preventiva de seis pessoas ligadas ao laboratório PCS Labs Saleme, acusadas de serem responsáveis por exames laboratoriais que liberaram órgãos infectados com o vírus HIV para transplante.
Entre os alvos dos mandados de prisão estão dois sócios do laboratório: Walter Vieira, que já se encontra preso, e seu filho, Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, que se apresentou espontaneamente à polícia nesta quarta-feira (23). O advogado de Matheus, Afonso Destri, criticou a decisão judicial, alegando que ela é “absolutamente ilegal” e representa uma antecipação de pena sem devido processo. Segundo ele, Matheus sempre colaborou com as investigações e não era alvo de prisão temporária.
Além de Matheus, também foram decretadas as prisões dos funcionários do laboratório: Adriana Vargas dos Anjos, Jacqueline Iris Barcellar de Assis, Ivanilson Fernandes dos Santos e Cleber de Oliveira Santos, que já estão detidos. As autoridades seguem investigando as circunstâncias que levaram à liberação dos órgãos contaminados, enquanto a defesa dos acusados promete impetrar habeas corpus contra o que consideram uma ilegalidade.
O caso levanta preocupações sobre a segurança dos procedimentos laboratoriais e a necessidade de garantias nos processos de transplante, destacando a importância da responsabilidade e da ética na área da saúde.
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