Qualidade em acesso e conteúdo revela diferenças de renda dos usuários
Guilherme Jeronymo - Repórter da Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os brasileiros já acessam a internet, em ampla maioria, mas a qualidade e o tipo de conteúdo que buscam pode apresentar diferenças consideráveis, relacionadas à renda das famílias. Segundo a pesquisa TIC Domicílios, lançada nesta terça-feira (9), 86% dos domicílios tem acesso a internet, maior número da série histórica, iniciada em 2015, quando 51% tinham acesso. Isso significa 157 milhões de usuários da rede, chegando a 163 milhões se considerado o acesso de aplicativos que acessam indiretamente a rede.



O salto expressivo em uma década reflete a expansão do acesso aos mais pobres. Em 2015, 15% dos lares considerados de classes D e E tinham acesso à rede. Em 2025, o número chega a 73%, tendo avançado 5 pontos somente no último ano.
O aumento reflete a expansão do acesso por cabo ou fibra óptica entre os mais pobres. A tecnologia se consolidou como a principal porta de acesso, sendo usada por 73% das pessoas, mas aqui já é percebido o primeiro dado de desigualdade: nas classes D e E apenas 60% usam essa tecnologia.
Questão financeira
A desigualdade motivada pela questão financeira permanece muito expressiva para o acesso em termos gerais. Nas classes A e B, o acesso é próximo do universal, com 99% e 95% de acessos respectivamente. Na classe C, o número já despenca para 86%, e nas classes D e E, ele se resume a 73%, ou seja, um quarto dos brasileiros das classes D e E não têm acesso. Mais na agenciabrasil
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