Presentes dados pelo governo da Arábia a ex-presidente e ex-primeira-dama entraram no país sem serem declarados
Foto: Reprodução/Redes Sociais (Twitter Ministro Paulo Pimenta_@pimenta13br)
Os deputados federais Rogério Correia (PT-MG) e Túlio Gadelha (Rede/PE) protocolaram nesta quarta-feira (8), na Câmara dos Deputados, um pedido de abertura de uma CPI para apurar a entrada no país de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro. Para a investigação parlamentar ser aberta são necessárias 171 assinaturas entre os 513 deputados que integram à Câmara.
Dos dois estojos com joias de diamantes foram trazidas por assessores do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O lote destinado a Michele Bolsonaro foi retido pela Receita Federal. O segundo pacote foi incorporado ao patrimônio pessoal de Jair Bolsonaro.
Segundo Rogério Correia (PT-MG), além das questões criminais investigadas pela PF, também é preciso observar a situação numa perspectiva política: “Existem indícios suficientes para desconfiarmos de que o que o ex-presidente [Jair] Bolsonaro [PL] chama de ‘presente’ seja, na verdade, propina numa relação internacional promiscua entre as nações que favoreceu a venda da refinaria Landulpho Alves por menos da metade do preço de mercado”, disse, em referência à atual Mataripe.
Também nesta quarta (7), a Polícia Federal ouviu o primeiro envolvido nesta denúncia, feita inicialmente pelo Estado de S. Paulo na sexta-feira (3). A corporação não divulgou com quem foi a oitiva, por se tratar de investigação sob sigilo. Conforme a CNN, trata-se de Marcos André dos Santos Soeiro, que transportava as joias que tinha como remetente final a ex-primeira-dama.
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