'Eu disse para ele [Biden] que eu tenho interesse, o Brasil tem potencial (para iniciar conversa)', afirmou o petista
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Em entrevista ao Jornal Nacional, neste sábado (11), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que se ofereceu, em conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para mediar diálogos com o objetivo de acabar com a guerra na Ucrânia.
Durante a conversa com jornalistas, o petista voltou a pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, e ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o fim da guerra no leste da Ucrânia.
Ele também pediu aos líderes mundiais que tomem medidas contra o que descreveu como “a violência sem sentido” na região. Na ocasião, ele voltou a comentar sobre a proposta da criação de um “G20 pela paz” formado por países sem relação direta com o conflito, como o Brasil, China, Índia e México.
“Primeiro, o Putin tem que entender que ele está errado ao fazer invasão territorial de um país e ele precisa voltar atrás. É preciso que a guerra pare para a gente começar a conversar. E eu disse para ele [Biden] que eu tenho interesse, o Brasil tem potencial disso. O México tem potencial, a Indonésia tem potencial, a China tem potencial, a Índia tem potencial. Tem muitos países que não estão envolvidos e é isso que eu desejo. Alguém vai ter que falar para o Putin: ‘Cara, para essa guerra.’ Ou: ‘Zelensky, para essa guerra”, disse Lula.
A declaração de Lula ocorre em um momento de tensões elevadas entre a Rússia e a Ucrânia, após recentes confrontos ao longo de sua fronteira comum. Na última sexta-feira (10), as forças russas atacaram a cidade de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, 17 vezes em apenas uma hora, de acordo com uma autoridade ucraniana.
Ainda não está claro se o apelo de Lula será atendido por qualquer um dos lados ou se levará a algum progresso tangível para encerrar o conflito no leste da Ucrânia. No entanto, alguns líderes mundiais já se mostraram dispostos a fazer parte de um grupo que atue para o fim do conflito.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse neste sábado que está junto com Lula na tentativa de encontrar uma solução pacífica para o conflito armado iniciado em fevereiro do ano passado.
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