Galaticos Online *Foto: TJRS/divulgação
Quase um ano e meio após agredir o árbitro Rodrigo Crivellaro, em partida válida pela segunda divisão do Rio Grande do Sul, o ex-jogador William Ribeiro foi julgado em sessão realizada nesta terça-feira (7), em Venâncio Aires, em quase sete horas de júri, e condenado por tentativa de homicídio simples.
O juiz João Francisco Goulart Borges, da 1ª Vara Judicial da Comarca da cidade aplicou a pena definitiva de dois anos e oito meses de reclusão, em regime inicial semiaberto.
Em 5 de agosto de 2022, o Tribunal de Justiça do RS rechaçou recurso da defesa de William Ribeiro e definiu que o mesmo deveria ser julgado pelo júri, um tribunal especial formado por cidadãos comuns e que julga crimes contra a vida. A decisão foi tomada na semana passada pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS).
Crivellaro, que permaneceu no Salão do Júri, abandonou a arbitragem profissional e hoje trabalha como professor de padel em Santa Maria.
Relembre o caso
No dia 4 de outubro de 2021, o árbitro Rodrigo Crivellaro foi vítima de uma agressão cometida pelo meia-atacante William Ribeiro, então jogador do São Paulo-RS, na partida contra o Guarani, de Venâncio Aires, pela Divisão de Acesso, a segunda divisão do Campeonato Gaúcho. Ele foi atingido por um soco e um chute na cabeça já caído no chão.
Logo após o golpe recebido, Rodrigo Crivellaro ficou desacordado e precisou ser levado com urgência para o hospital. Desde então, passou por um longo período de recuperação e voltou a apitar só em abril deste ano, seis meses após a agressão.
Em um primeiro momento, o árbitro chegou a ficar ameaçado de não voltar a caminhar, mas com o uso de colete cervical e fisioterapia está retomando todas as suas atividades.
Rodrigo ficou impossibilitado de exercer as suas duas profissões, a de personal trainer e professor de padel, por 90 dias. Após quatro meses, o árbitro foi aprovado novamente nos testes da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), o que possibilitou o seu retorno aos gramados.
Responsável pela agressão, William Ribeiro foi suspenso do futebol profissional por dois anos pelo Tribunal de Justiça Desportiva gaúcho (TJD-RS).
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