Aliados bolsonaristas apontavam como ‘fraqueza’ o fato da profissional defender atuação técnica, sem confronto com o Supremo
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Após ser pressionada para adotar postura de enfrentamento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a advogada Mariane Cardoso anunciou que deixará a defesa do ex-deputado Daniel Silveira, que voltou a ser preso nesta quinta-feira (2) por descumprir medidas cautelares impostas pela corte.
De acordo com informações da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, a decisão se deu em meio a divergências com outros colegas que atuam nos processos e com conselheiros do ex-parlamentar no campo político.
Segundo a publicação, outra motivação para a saída da advogada foram as recentes revelações feitas pelo senador Marcos do Val, colocando Silveira como articulador de um plano golpista que pretendia incriminar Moraes para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Jair Bolsonaro (PL) no comando do país.
Conforme apurou a coluna, ao defender atuação técnica e evitar confronto com o STF, a advogada era acusada por aliados bolsonaristas do ex-deputado de “fraqueza”. Ao ser questionada sobre o tema, ela reforçou sua linha de trabalho. “O que eu tenho a dizer enquanto advogada eu sempre vou falar em primeiro lugar nos autos. Vou fazê-lo em breve, observando os parâmetros éticos inerentes à advocacia”, declarou.
Com a saída de Mariene, a esposa de Silveira, Paola Silva Daniel, pretende entrar na equipe de defesa do ex-parlamentar, que é representado pelos advogados André Queiroz, Paulo Faria e Jean Gargia.
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