Goiás transforma pamonha em patrimônio cultural do estado

Pamonha: patrimônio cultural imaterial de Goiás 

- Foto: Arquivo Pessoal / Lucilene Soares

Pamonha doce com ou sem queijo, salgada com carne desfiada, linguiça, apimentada, à moda, frita, cozida e assada acompanhada por café, suco ou refrigerante. Ah que delícia! A iguaria tão frequente nas mesas dos goianos que passou a ser patrimônio cultural imaterial de Goiás. No estado de Goiás, são mais de 11 mil pamonharias, fora as das feiras e as temporárias. Por Monique de Carvalho / SNB

Transformar a iguaria em patrimônio foi decisão do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que sancionou, no fim de dezembro, a medida, que diz que a pamonha carrega valores afetivos, além dos culturais.

“Quem é que não gosta de uma pamonha quentinha, minha gente? O melhor dessa delícia goiana é que fazer ela sempre reúne toda a família em volta do tacho” , afirmou o governador nas redes sociais. Assista aqui uma reportagem

Origem

A origem do nome pamonha, vem da palavra pamunã, do tupi, que significa: pegajoso e grudento. O prato é consumido principalmente na região centro-oeste, em especial no Estado de Goiás.

Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), é patrimônio imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas.

Cultura

Em Goiânia, o empresário Hermindo Carneiro, que atua no setor de pamonharias, comemorou a decisão. Segundo ele, está na cultura do goiano, saborear a pamonha. Tanto é que em uma das suas lojas são vendidas 20 mil pamonhas por mês! O número quase triplica em dias frios.

“Pamonha não enjoa, cai bem à noite, à tarde e à noite”, disse o empresário.

É frequente andar pelas cidades goianas e parar para experimentar a pamonha local. Há quem prefira acompanhar a iguaria com café bem quente e feito na hora, mas tem quem goste de suco e refrigerante. A preferência do goiano, em geral, é pela pamonha salgada, enquanto os turistas preferem a doce.

Pamonharias

A Junta Comercial de Goiás (Juceg) informa que há pelo menos 11 mil pamonharias no estado, além das instaladas em feiras e de forma temporária.

Para fazer pamonha é preciso técnica, habilidade, dedicação e paciência, os ingredientes são espigas de milho verde, água, açúcar, coco ralado fino, pitada de sal e palhas para a embalagem. Com informações do Diário de Goiás, TV Record de Goiás e Jornal Opção