Castello Branco afirmou que tinha mensagens e áudios no celular corporativo que incriminariam Bolsonaro
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ouvir o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, a respeito de mensagens que apontam suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na estatal.
Por meio da vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, o órgão defendeu que seja ouvido também o ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes.
O pedido foi encaminhado para o relator do caso no Supremo, ministro Luís Roberto Barroso. Como o Judiciário está de recesso em julho, o processo ficou nas mãos da vice-presidente do STF, Rosa Weber, que está de plantão.
A manifestação de Lindôra foi feita após um pedido de abertura de inquérito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para investigar uma troca de mensagens entre Castello Branco e Novaes em um grupo.
Castello Branco, em um momento da conversa, disse que o celular corporativo devolvido por ele à Petrobras tinha mensagens e áudios que podem incriminar o presidente Jair Bolsonaro, mas não citou quais crimes seriam esses.
A PGR quer saber do ex-presidente da Petrobras quais mensagens e áudios do celular corporativo que detinha e que, especificando o seu teor, poderiam “incriminar” Bolsonaro; quais datas, circunstâncias e contextos foram encaminhadas ou recebidas; e também explicar por qual motivo não os apresentou às autoridades competentes na primeira oportunidade possível.
Por sua vez, no depoimento de Novaes, a Procuradoria busca esclarecer o histórico de contato com o ex-presidente da estatal; a natureza da conversa travada; se conhece e consegue detalhar as mensagens; e também os supostos fatos e tipos delitivos aos quais Roberto Castello Branco teria se reportado.
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