Foto: Reprodução
Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou a presença de substância similar ao chumbinho no material gástrico do jovem que comeu feijão feito pela madrasta. A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, foi envenenado por Cintia Mariano Dias Cabral, esposa de seu pai.
A perícia mostrou que “quatro grânulos esféricos diminutos, de tamanhos variados, de coloração variando entre azul escuro e preto”, o que “pode sugerir a ingestão de um produto comercializado clandestinamente como raticida, popularmente conhecido como chumbinho”. O documento foi obtido pelo jornal O Globo.
Por conta da tecnologia disponível no Serviço de Toxicologia do IML, não foi possível detectar a presença de inseticidas ou outras substâncias tóxicas no corpo do jovem.
De acordo com a perita Aline Machado Pereira, mesmo com a presença de grânulos, “um resultado negativo é possível devido a fatores como: tempo decorrido entre a ingestão do produto e a coleta do material para exame, dose utilizada e intervenções hospitalares realizadas, como a gástrica”.
Segundo a Polícia Civil, não é possível cravar que se trata de chumbinho pelos testes efetuados, já que a substância se deteriora rapidamente no organismo. Entretanto, os grânulos encontrados juntamente com a análise de sintomas do jovem, permitem levar à conclusão de que se trata do veneno geralmente usado para matar ratos.
Presa preventivamente em 20 de maio, a madrasta Cíntia também é suspeita de ter envenenado a outra enteada, Fernanda Carvalho, de 22 anos. A jovem não resistiu e morreu. O corpo dela foi exumado para verificar se ela ingeriu veneno.
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