Segundo o presidente, o objetivo da prisão foi 'constranger', 'humilhar', e 'dizer que o governo é corrupto'
Foto: Carolina Antunes/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender na noite deste domingo (26) seu ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que chegou a ser preso em 22 de junho por suspeitas de irregularidades na liberação de verbas da pasta. Segundo o presidente, não há “indícios mínimos de corrupção” no caso, e o ex-ministro “foi preso injustamente”. As declarações foram feitas em entrevista ao Programa 4 por 4.
“Até a questão do dinheiro depositado na conta da esposa dele ou da filha. Foi comprovado que era produto de uma venda de um carro. Eu, quando assumi a Presidência, também tinha três carros e vendi todos, e chegou na minha conta 30, 40, 50 mil reais. É uma movimentação atípica. Qualquer depósito acima de 10 mil é atípico. Mas não justificava o que fizeram com o Milton”, afirmou.
De acordo com o presidente, o objetivo da prisão foi “constranger”, “humilhar”, e “dizer que o governo é corrupto”. “São narrativas que tentam a todo o momento desgastar o governo. Nada mais além disso”, afirmou.
Bolsonaro disse ainda ter dado liberdade a todos os ministros para montarem suas respectivas pastas com a advertência de que estariam sendo “vigiados pela esquerda 24 horas por dia”.
“Eles vão tentar descobrir algo que por ventura você tenha feito de errado aqui no ministério, e o que eu sei, até o momento, nenhum ministro meu errou, até porque temos mecanismos de filtros em ministérios que impedem a corrupção, não por parte de ministros, que muitas vezes o ministro não tem como coordenar, saber tudo o que acontece no ministério”, disse.
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