Abraham e Arthur acusam o filho do presidente de difamação no STF e alegam que ele feriu suas reputações
Foto: Reprodução/Twitter
Os irmãos Arthur e Abraham Weintraub, ex-assessor da Presidência e ex-ministro da Educação, respectivamente, estão processando o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dois ex-aliados acusam o filho do presidente da República de injúria e difamação em queixa-crime protocolada no Supremo na última terça-feira (10). Para eles, Eduardo abusou da imunidade parlamentar e da liberdade de expressão ao chamá-los de “filhos da puta” em postagem no Twitter no último dia 22 de abril.
As rusgas entre os Weintraub e os Bolsonaro já se arrastam há alguns meses, mas a treta que motivou a reclamação na Justiça começou por causa do perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado à prisão pelo próprio STF por ameaçar seus ministros e pedir a decretação de medidas ditatoriais no país.
Também no Twitter, o ex-assessor Arthur Weintraub avaliou que os “precedentes jurídicos” criados pelo indulto poderiam futuramente beneficiar condenados em casos de corrupção ou lavagem de dinheiro.
Eduardo Bolsonaro reagiu com veemência: “A gente tá em guerra e o cara me falando em precedente, como se nunca um corrupto tivesse recebido um indulto e agora esse instrumento tenha sido utilizado para seu fim: um inocente. E quem fala são os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição. São uns filhos de uma puta! Desculpa, mas não há outra palavra”, postou o parlamentar.
Para os irmãos, a conduta de Eduardo deve ser “prontamente coibida pelo Judiciário, uma vez que este os ofendeu com um ataque totalmente desproporcional e, principalmente, não provocado pelos querelantes”.
Os Weintraub alegam, na ação, que “são figuras conhecidas publicamente, possuem reputação ilibada, extensa vida acadêmica, são professores concursados da Universidade Federal de São Paulo, sendo certo que a reputação é um de seus maiores bens”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a queixa-crime dos Weintraub.
O processo ainda não foi distribuído no STF e, portanto, não teve um ministro relator sorteado.
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