Empresa pretende retomar seu espaço no mercado por meio de seu marketplace
Foto: Reprodução/Twitter
Em recuperação judicial e com lojas fechadas desde 2020, a Ricardo Eletro pretende retomar seu espaço no mercado e voltar a comercializar dos mais variados itens e de diversas marcas por meio de seu marketplace, com uma marca totalmente reformulada já no próximo mês.
Segundo o presidente da companhia, Pedro Bianchi, a empresa chegou ao fundo do poço. “Agora estamos apostando em uma reformulação total e uma pegada mais digital, porém sem megalomania”, afirmou ao Estadão. Com o site novo, Bianchi aposta na atração de vendedores cobrando comissões menores nas vendas em comparação às suas rivais para fazer frente nesse novo momento.
Com essa estratégia, Bianchi estima que a Máquina de Vendas volte a ter vendas brutas de R$ 120 milhões mensais até o fim do ano. O retorno das lojas físicas está previsto para 2023, começando por São Paulo e Minas Gerais.
“Apesar de nunca termos tido lojas em São Paulo, é o mercado que mais compra do nosso e-commerce. E também estamos estudando voltar com algumas marcas, pois há muitos consumidores pedindo a volta de lojas como a Salfer e a Insinuante”, diz o presidente.
Crise
Com dívidas na casa dos R$ 2,5 bilhões, em 2019 a empresa entrou em recuperação extrajudicial, renegociando dívidas com credores sem envolver a Justiça. O plano não deu certo e as dívidas só aumentaram.
Em julho de 2020, Ricardo Nunes foi preso no âmbito de uma operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. O empresário, que já não tem mais ligação com a Máquina de Vendas ou com a Ricardo Eletro, é acusado de sonegar R$ 400 milhões em impostos durante cinco anos, quando ainda trabalhava com a varejista.
A Ricardo Eletro foi mais uma das cadeias que sofreram com quedas drásticas na demanda por conta da pandemia do coronavírus. Segundo dados da Máquina de Vendas, o faturamento chegou a cair mais de 92% nos primeiros meses de 2020.
Com isso, a empresa decidiu fechar suas 300 lojas físicas em 17 estados e demitiu cerca de 3.600 funcionários.
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