por Bruno Leite/BN
Foto: Reprodução / YouTube
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) formalizou nesta sexta-feira (8) a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como o vice candidato na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a disputa eleitoral à Presidência da República.
Durante o encontro, junto ao presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, do próprio Lula e da presidenta do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann, em um hotel na capital paulista, o ex-tucano disse ser grato ao PSB.
Ele se disse agradecido duplamente, pela indicação e pelo acolhimento, após mais de 30 anos no PSDB. A aliança com o seu ex-adversário petista seria, segundo Alckmin, para "somar esforços para resconstruir o país".
O principal objetivo do casamento Lula-Alckmin, deixou claro o paulista, seria apresentar esse projeto de "reconstrução" em aversão ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que "atenta contra a democracia" brasileira.
Alckmin ainda falou sobre desprendimento, união e ressaltou o crescimento da economia, de 7,5% em 2010, ao fim do segundo governo do petista.
Após a declaração de Geraldo, Lula utilizou o microfone para ressaltar o casamento, que na avaliação dele seria uma demonstração de que "duas forças que têm projetos diferentes, princípios iguais, podem se juntar na hora que o momento é de interesse".
Lula fez questão de elogiar a defesa de políticas públicas como centrais em uma agenda política rumo ao Planalto. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi um dos pontos citados nominalmente pelo ex-presidente.
Com a apresentação de Alckmin, o PT deve se reunir na próxima semana e, se a indicação for aceira, uma cerimônia com a presença dos partidos que formam a base de apoio deverá oficializar a chapa no dia 30 de abril.
Ainda durante seu pronunciamento, o ex-metalúrgico discorreu sobre as antigas posições distintas, em que não só Alckmin, mas Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e José Serra (PSDB) estiveram ao longo dos últimos anos de vida pública.
"Já fui adversário do Alckmin, já fui do Serra, do Fernando Henrique Cardoso, e nunca fui desrrespeitado. Nunca deixamos de nos tratar de forma civilizada. Sempre visitamos o estado de São Paulo e o tratamento sempre foi civilizado, respeitoso, dentro daquilo que a democracia e os bons modos exigem das pessoas", ressaltou Lula.
Ele também enumerou problemas e evidenciou a alta na inflação, que incide em insumos comuns à vida diária do brasiliero, como nos preços de combustíveis e alimentos.
Em uma carta em que apresenta o agora companheiro Alckmin ao PT, o PSB argumentou que o candidato tem "qualidades já reconhecidas e conhecidas", uma "vida pública longeva", assim como uma "perseverança" e um "equilíbrio".
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