Logo após ser eleito presidente da República em 2018, Jair Bolsonaro (hoje no PL) prometeu que não concederia mais indulto. No período da campanha, Bolsonaro também chegou a acusar Fernando Haddad (PT), seu adversário na corrida presidencial de 2018, de "tramar" um indulto para o ex-presidente Lula (PT).
Na época, Bolsonaro gravou vídeo do hospital em que alerta seus eleitores sobre a possibilidade de Lula, à época preso, ser perdoado pelos petistas. "O Haddad eleito presidente - ele já falou isso, se não falou vocês sabem - assina no mesmo minuto da posse o indulto de Lula, e no minuto seguinte nomeia chefe da Casa Civil", disse o então candidato.
Não havia - e não há - registro de que Fernando Haddad e o PT pretendiam perdoar Lula pelas condenações impostas pela Lava-Jato. Essa antiga declaração de Bolsonaro foi resgatada pelo colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois.
Depois da campanha, Bolsonaro ainda garantiu que não concederia mais indulto. Em publicação no Twitter, escreveu: "Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último".
Nesta quinta-feira (21), Bolsonaro decidiu perdoar o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicialmente fechado.
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