Foto: Divulgação
A Defensoria Pública da Bahia manifestou preocupação com a segurança nas unidades penitenciárias do estado, após a rebelião ocorrida no último domingo (20), no módulo II da Penitenciária Lemos Brito, localizada no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Houve um conflito entre os internos da unidade, que culminou com cinco mortes e 17 pessoas feridas. Nesta segunda (21), foram contabilizadas ainda mais 15 pessoas feridas, entre fraturas e lesões leves.
No domingo, os defensores públicos da área criminal e de execução penal, Pedro Casali e Fabíola Pacheco, foram até o complexo prisional para avaliar a situação, acompanhar a retomada da unidade e a prestação de atendimento médico aos feridos. A situação gerou preocupação por parte da Defensoria Pública sobre a segurança na unidade da Penitenciária Lemos Brito, já que também foram identificados armamentos no local, fato também bastante divulgado na mídia.
“A presença de arma de fogo e outros tipos de facas nos deixa bastante preocupados. Isso merece uma atenção especial por parte da Seap [Secretaria de Administração Penitenciária], pois a população prisional precisa de segurança, bem como profissionais e visitantes. Diversos vídeos que circularam na internet mostrando facões, facas, e isso não poderia estar ocorrendo”, explicou o defensor público Pedro Casali.
A defensora pública Fabíola Pacheco frisa a “importância de usar aparelhos para a revista de familiares e de todos que adentram o módulo para assegurar que não haja a entrada desses tipos de objetos [armamentos]”. Ela também afirmou que a presença in loco da Defensoria é “importante para apurar o que de fato ocorreu, além de acompanhar as ações realizadas por outros órgãos e instituições”, destacou.
Na Penitenciária Lemos Brito, a situação começou a ser controlada em torno das 19h do domingo, de acordo com o defensor público Pedro Casali. A condução positiva da operação para a retomada da segurança, por parte da Polícia Militar e da Seap, foi ressaltada pelo defensor público. À Seap, serão solicitadas informações sobre o conflito entre os presos.
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