Foto: Humberto Pradera / PSB
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou, nesta quinta-feira (17) em entrevista ao Canal UOL, que o partido errou ao apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Segundo ele, a legenda foi “empurrada” para esse posicionamento por uma falta de diálogo do governo e do PT com a sua base aliada.
“Nós, do PSB, que apoiamos o impeachment, hoje, temos uma autocrítica sobre isso. Eu acho que foi impensado. Nós fomos empurrados. Em toda a discussão sobre o impeachment, o Partido Socialista Brasileiro, através da sua direção, não foi buscado. O presidente do PT na época, Rui Falcão, não me deu um telefonema nunca na vida sobre isso”, disse Siqueira.
O PSB foi aliado do governo Dilma durante todo o primeiro mandato e apoiou a reeleição da presidente em 2014. Entretanto, após o aumento da pressão nas ruas e no Congresso pelo impeachment da petista, os socialistas acabaram mudando de lado. Para Siqueira, o governo do PT não soube fazer o diálogo correto com a base.
“A presidente Dilma mandou aqui, faltando três ou quatro dias, o seu ministro das Relações Institucionais para oferecer ministério. Eu falei ao [Ricardo] Berzoini que o PSB não é o PMDB, não está à procura de ministério”, relatou Siqueira.
Apesar de criticar Dilma pela falta de relação com a base e com a oposição, Siqueira assumiu que a posição do PSB foi equivocada e fez a diferença em relação ao impeachment.
“Nós poderíamos ter evitado. Se metade da bancada do PSB tivesse votado contra, não teria havido impeachment”, resumiu o socialista.
PSB e PT têm discutido, desde o fim de 2021, a construção de uma federação partidária para os próximos quatro anos, buscando encontrar soluções para divergências. PCdoB e PV também integrariam a união.
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