Para o presidente Jair Bolsonaro (PL), falta "visão de futuro" naqueles que construíram casas em locais de risco em São Paulo. A fala veio após um sobrevoo para analisar os impactos das chuvas no estado. Foto:Marcos Corrês/PR
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, há cerca de 26 milhões de moradias em situação irregular. "Muitas áreas onde foram construídas residências faltou obviamente alguma visão de futuro por parte de quem construiu", disse Bolsonaro.
Conforme divulgou o Jornal O Globo, acompanhado de seis ministros, entre eles o da Cidadania, João Roma (Republicanos), e Infraestrutura, Tarcísio Freitas, Bolsonaro sobrevoou as áreas destruídas pelos deslizamentos de terra na região de Francisco Morato por volta das 11h30 e depois se reuniu com prefeitos dos municípios afetados. Segundo ele, a visita teve como intuito mostrar o que o governo tem à disposição para minorar o sofrimento das famílias.
O encontro entre gestores municipais e o presidente durou cerca de uma hora, mas não houve a definição de um valor exato para a ajuda federal. Um dos ministros, Rogério Marinho, disse que não irá atender ao ofício enviado pelo governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, que pediu R$ 470 milhões para obras.
"O ofício trata de obras que dizem respeito à previsão orçamentária, com obras de contenção e não dizem respeito ao momento que estamos vivendo. A necessidade agora é tratar das pessoas e isso são ações emergenciais.
O governador nos pede 50 milhões para ações emergenciais, mas os prefeitos vão dizer qual é a necessidade de cada prefeitura – disse Marinho, acrescentando que Doria sabe de que forma deve fazer essa solicitação", afirmou Marinho.
De acordo com o ministro, a situação não seria resolvida da noite para o dia. "Temos quase metade das habitações do país irregulares. É fruto de mais de 100 anos de ocupação obrigar. Não é um problema que aconteceu hoje".
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