Essa é uma pergunta ainda sem resposta clara, o que incomoda quase todo mundo do Podemos que não aprova aliança com o futuro partido
Foto: Saulo Rolim / Sérgio Lima / Danilo Martins - Podemos
Em fevereiro, o TSE provavelmente vai validar a fusão do PSL com o DEM, criando a União Brasil.
O futuro novo partido, como temos noticiado, negocia uma possível aliança nacional com o Podemos, sigla à qual Sergio Moro (foto) se filiou em novembro do ano passado para disputar a Presidência da República.
Mas que parlamentares de PSL e DEM estariam dispostos a apoiar a candidatura de Moro? Essa é uma pergunta ainda sem resposta clara, o que incomoda quase todo mundo do Podemos.
No PSL, três deputados defendem publicamente o projeto político do ex-juiz da Lava Jato: Julian Lemos, da Paraíba, que transformou sua festa de aniversário neste mês em evento pró-Moro; Júnior Bozzella, de São Paulo, que aposta na chapa encabeçada por Moro, na União Brasil, e a deputada Renata Abreu, presidente do Podemos, como vice; e Dayane Pimentel, da Bahia, que foi convidada por Moro para coordenar a campanha morista no estado e prepara agenda para ele por lá nas próximas semanas.
No DEM, talvez o único que publicamente apoie Moro é o deputado Kim Kataguiri, de São Paulo, ligado ao MBL. O deputado Luis Miranda, do Distrito Federal, participou do evento de filiação de Moro ao Podemos em 2021, mas é visto com desconfiança no Podemos.
Nas bancadas dos dois partidos no Senado, é fácil identificar bolsonaristas de primeira hora, como Márcio Bittar (PSL-AC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Chico Rodrigues (DEM-RR).
Nesta semana, como registramos, um dirigente do DEM disse a este site que “tem muito bolsonarista no DEM e no PSL”. Ele ainda comentou: “E não é gente que gosta do Bolsonaro. É gente que recebeu muita grana do orçamento secreto. Essa história de emendas de relator foi uma das piores coisas que já aconteceram na política brasileira”.
Um dirigente do PSL, em reservado, afirmou que, se Moro optar por se filiar à União Brasil ou a aliança com o Podemos avançar, mais gente vai, naturalmente, passar a apoiar o ex-juiz — com exceção, claro, da ala bolsonarista do partido, cujos parlamentares devem migrar para partidos da base do governo. Leia mais aqui
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