Entidade do comércio aponta preços no atacado e alta de juros como fatores para expansão menor em 2022
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) reduziu de 1,2% para 0,9% a estimativa para a expansão das vendas do varejo este ano. A nova previsão tem como base a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de novembro do ano passado, divulgada agora pelo IBGE.
As empresas do varejo apontam uma pressão maior dos preços no atacado e a alta nos juros – a taxa básica foi elevada de 2% para 9,75% ao ano ao longo de 2021 – como fatores para a piora do cenário projetado para o ano.
“A rápida disseminação da variante Ômicron e a natural desaceleração das compras após as festas de fim de ano passaram a constituir um cenário desafiador para o setor no início de 2022”, comentou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O economista da confederação, Fábio Bentes, avalia que, apesar da evolução do faturamento em novembro, a deterioração das condições de consumo tem levado o comércio a experimentar perdas sucessivas de volume de vendas também nos comparativos interanuais (entre mesmos períodos de 2021 e 2020).
Em relação a novembro de 2020, por exemplo, houve avanço de 8,8% na receita. Porém, descontada a variação dos preços (+13,0%), o setor teve retração de 4,2% no volume após apresentar variações negativas de -4,1%, -5,2% e -6,8% de agosto a outubro.
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