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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Demóstenes não tem mais lugar nesta Casa, diz Marta Suplicy

senadora Marta Suplicy (PT-SP) declarou há pouco que “Demóstenes Torres, por todas as mentiras que contou e à dupla personalidade que revelou, não mais tem lugar nesta Casa”. Ela fez essa afirmação há pouco, durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ). A comissão deve votar daqui a pouco relatório do senador Pedro Taques (PDT-MT) que defende a cassação do mandato de Demóstenes.
Marta disse que foi uma “grande surpresa” tomar conhecimento das denúncias contra Demóstenes Torres, pois antes ela “acreditava no senador, seja por sua defesa da ética ou por seu brilhantismo como opositor”.
"Tínhamos grande admiração por Demóstenes, mas ele se revelou uma pessoa com capacidade de mentir, enganar e manipular como raramente se vê. Uma pessoa com duas personalidades. Que pessoa é essa?", questionou ela.
A senadora lembrou que Demóstenes ganhou um telefone da marca Nextel do contraventor Carlinhos Cachoeira – e que esse mesmo tipo de aparelho havia sido dado por Cachoeira a outros criminosos.
Por sua vez, o relator do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Humberto Costa (PT-PE) contestou as críticas feitas pelo advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro – o Kakay.

Humberto disse que, ao citar documentos do Supremo Tribunal Federal em seu parecer, “em nenhum momento foram utilizadas informações que não tivessem sido admitidas pelo próprio senador Demóstenes”. Como exemplo desse critério, Humberto Costa mencionou uma gravação que ele não mencionou no relatório porque havia sido contestada por Demóstenes.
"O que averiguamos é se houve contradição entre o que Demóstenes disse e o que ele fez", declarou Humberto Costa, acrescentando que o senador acusado “assumiu uma militância contra os jogos de azar que nunca existiu”.
Humberto reiterou que “os fatos são claros, evidentes e indefensáveis: houve grave quebra do decoro parlamentar”. O relatório de Pedro Taques que irá a votação a seguir ratifica as conclusões do parecer de Humberto Costa.

Agência Senado

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