A intoxicação por paracetamol pode causar vômitos, dor abdominal, icterícia e até mesmo levar à morte. (Thinkstock/VEJA/VEJA)
Na segunda-feira, 2/12, o Medical Journal of Australia publicou uma nova recomendação para o tratamento de intoxicação por paracetamol – medicação comumente utilizada para redução de febre e aliviar dores. As diretrizes são uma atualização de orientações publicadas em 2015 sobre o atendimento aos pacientes que procuram o hospital com quadro de intoxicação acidental ou voluntária por paracetamol.
Os médicos que lançaram as novas orientações apontam para a necessidade de algumas mudanças no uso da acetilcisteína – substância indicada para tratar esses tipos de casos. Elas servem para casos de consumo massivo de paracetamol ou ingestão de paracetamol cuja liberação tenha sido modificada.
Vale ressaltar que as novas recomendações devem ser aplicadas apenas por profissionais de saúde, preferencialmente em um hospital ou centro médico.
Novas diretrizes
Primeira recomendação: Para casos em que há necessidade de regime de infusão de acetilcisteína, ele deve ser feito em duas bolsas: a primeira contendo 200 miligramas por quilo (200 mg/kg) ao longo de quatro horas; já a segunda deve conter 100 miligramas por quilo (100 mg/kg) durante 16 horas. Para os especialistas, essa nova indicação é eficaz e ainda ajuda a reduzir significativamente efeitos colaterais se comparado ao regime de infusão baseado em três bolsas do medicamento.