O cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão também esclarece como o corpo pode ficar menos dependente do açúcar após a redução de estômago
Finais de semana, eventos sociais e festas de final de ano: se manter firme na dieta perante essas confraternizações pode ser um desafio, devido às diversas opções de guloseimas típicas dessas ocasiões. Os excessos podem acarretar consequências para a saúde, devido às grandes quantidades de açúcar e gordura presentes nos alimentos.
E para quem deve se submeter a restrições alimentares, o cuidado deve ser redobrado. É o caso das pessoas que realizaram a cirurgia bariátrica - os pacientes devem passar por uma reeducação alimentar nos primeiros meses após a operação, adotando hábitos mais saudáveis e controlando porções.
De acordo com o cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão, viver de forma saudável pode ser mais fácil do que se imagina, principalmente depois que nos acostumamos a trocar comidas calóricas por opções mais lights. No entanto, é ideal que o paciente busque o acompanhamento de um profissional para ajudá-lo a montar sua dieta.
“O papel do nutricionista é fundamental, pois o paciente que está obeso pode ter tido maus hábitos por muitos anos. Na sociedade moderna em que vivemos, com o estresse do dia dia e alimentos de baixa qualidade nutricional, é essencial realizar o acompanhamento e monitoramento com um profissional especializado. Além disso, cada indivíduo tem uma especificidade em relação às condições de saúde, tipo de cirurgia, velocidade de perda de peso e hábitos alimentares, podendo ser necessário a inclusão ou exclusão de determinados alimentos”, explica o cirurgião.
Não é novidade que a cirurgia bariátrica altera a fisiologia e a estrutura do corpo com objetivo de tratar a obesidade. Cada uma das técnicas de cirurgia bariátrica tilizadas altera de forma diferente o organismo, e promovem mudanças que são capazes de ajudar o paciente a alcançar o seu peso ideal.
Um estudo realizado na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, em colaboração com outras universidades americanas, além do Brasil e da China, concluiu que a cirurgia bariátrica é capaz de afetar o funcionamento do cérebro, reduzindo a liberação do neurotransmissor dopamina (que é associado ao prazer e à recompensa). Como consequência, o paciente perde a vontade de comer por prazer e acaba ingerindo menos alimentos açucarados, ajudando ainda mais na perda de peso.
“A perda de peso causada pela cirurgia bariátrica reduz hormônios como a insulina (que regula o nível de açúcar) e cortisol (hormônio do estresse). Melhora também outros fatores que reduzem a captação e o armazenamento de gordura em depósitos. A atividade física também é componente fundamental no combate à obesidade”, finaliza o médico.
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