O levantamento realizado pelo Confederação Nacional dos Municípios ouviu gestores de 2.415 cidades
Foto: Pixabay
O estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontou que seis em cada dez municípios (64,7%) brasileiros relatam falta de vacinas para imunizar crianças devido a problemas de distribuição pelo Ministério da Saúde. O levantamento ouviu gestores de 2.415 municípios no início do mês passado.
Desses, 1.563 relataram desabastecimento. No SUS (Sistema Único de Saúde), a compra de vacinas cabe ao ministério, que repassa aos estados para distribuição aos municípios. Em nota técnica a CNM afirma que o ministério reconhece a falta, diz que ela envolve questões de fabricação, logística e demanda dos imunizantes e que adota medidas para saná-la, entre elas, a aquisição de imunizantes via Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
Para algumas vacinas, como a tríplice viral, hepatite A, meningo ACWY, o ministério diz que a normalização do abastecimento está prevista para até o fim deste mês. Para outras, como a meningo C, varicela e tetraviral, só deve ocorrer em 2025.
“Há falta de imunizantes essenciais há mais de 30 dias na maioria das cidades pesquisadas e, com isso, o risco de retorno de doenças graves, como a paralisia infantil, que já haviam sido controladas. É uma situação muito preocupante”, diz Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
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