Julgamento teve início na quinta-feira, com posicionamento favorável do MPE pela punição
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou nesta sexta-feira (23), em entrevista a uma rádio gaúcha, o julgamento de uma ação do PDT no Tribunal Superior Eleitoral que pode torná-lo inelegível por oito anos. Segundo o ex-mandatário, a inclusão de fatos posteriores – os ataques de 8 de janeiro – tiraria a isonomia com uma ação contra a chapa Dilma Rousseff (PT)/Michel Temer (MDB), quando da reeleição em 2014 e apreciado pela corte em 2017.
“Espero que seja feita Justiça. Temos aquele precedente de 2017, que virou uma jurisprudência, que no processo original você não pode agregar outros fatos, como fizeram comigo, agregaram até o ocorrido em 8 de janeiro deste ano”, disse. Nesta ação, Bolsonaro é julgado por uma reunião com embaixadores em 2022, antes do processo eleitoral.
Sem citar pretensão por candidaturas, Bolsonaro admitiu que espera participar tanto das eleições municipais, no próximo ano, como da sucessão presidencial em 2026. Ele segue como principal nome do PL para enfrentar o atual presidente, Lula (PT), ou um outro candidato governista.
No primeiro dia do julgamento, na quinta-feira (22), defesa e acusação apresentaram suas respectivas argumentações e o relator, ministro Benedito Gonçalves, se posicionou pela culpabilidade e punição do ex-presidente.
Jair Bolsonaro avalia que o próximo membro do TSE a votar após o relator, ministro Raul Araújo Filho, peça vistas ao processo. “Ele é conhecido por ser o o jurista bastante apego à lei. Apesar de estar em um tribunal político eleitoral, há uma possibilidade de pedido de vista. Isso é bom porque ajuda a gente a ir clareando os fatos”, declarou.
O julgamento será retomado na terça-feira (27), com o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. Caso não haja pedido de vistas, na sequência votarão os ministros Raul Araújo Filho, Floriano de Azevedo Marques, Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Fonte: site Metrópoles
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