Nancy Howery Moreira estava desaparecida desde fevereiro
Foto: Redes sociais
O corpo da brasileira Nancy Howery Moreira, de 44 anos, foi encontrado esquartejado, na última quinta-feira (9), em um distrito da Flórida, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela família de Nancy. Ela vivia nos Estados Unidos há quase 23 anos e tinha dupla nacionalidade, brasileira e americana. Conteúdo G1
Ela estava desaparecida desde o dia 15 de fevereiro. Em entrevista coletiva, a polícia local anunciou que o suspeito do crime foi preso também na quinta-feira. O homem identificado como Daniel Stearns é o principal suspeito. Ele é acusado de homicídio com arma de fogo, mutilação de corpo e adulteração de provas. Ele era namorado da vítima.
Ainda de acordo com a declaração da polícia, o suspeito escondeu os restos mortais de Nancy em uma área arborizada por vários dias. Depois ele voltou ao local do crime, quando queimou o corpo da vítima em uma tentativa de destruir provas.
Após queimar o corpo, ele teria espalhado os restos mortais em vários locais para dificultar a ação da polícia. Daniel Stearns foi preso após mais de mais de 50 horas de vigilância da polícia local.
Vítima estudou em Salvador
Filha de mãe americana e pai brasileiro, Nancy nasceu em Boston, mas veio para o Brasil ainda criança. Ela viveu em Salvador, cidade do pai, até o ano 2000. A mãe da brasileira vive no Texas. Nancy morou na California até 2019, quando se mudou para a Flórida, após se divorciar.
A madrasta de Nancy, a professora baiana Aliana Alves, conversou com o g1 e disse que a enteada foi vítima de um crime cruel. Segundo Aliana, a brasileira havia enviado fotos ao lado de Daniel Stearns, e afirmou que ele era seu namorado.
“É um crime bárbaro. Estamos em estado de choque. Ela foi vítima de feminicídio e de morte extremamente violenta”, disse.
Aliana Alves foi casada com o pai de Nancy, que morreu em 2015. As duas seguiam se falando constantemente pelas redes sociais. A professora conta que o último encontro com a enteada foi em 2016, e que se encontrariam novamente em 2020, mas a pandemia impediu a viagem de Aliana.
Ainda de acordo com a professora, a brasileira morta nos Estados Unidos havia pedido que seus restos mortais voltassem para o Brasil. Segundo ela, o pedido será atendido. O ex-marido da brasileira é quem está à frente dos procedimentos burocráticos nos Estados Unidos.
“Na quinta-feira o ex-marido dela me avisou. Ele disse que foi muito pouco do corpo que se resgatou. O carro dela também está na perícia. Ela queria que as cinzas dela fossem jogadas na Baía (de Todos-os-Santos), e elas serão trazidas”, contou Nancy.
Aliana afirmou que desde que tomou conhecimento do crime, a família se reuniu e tem conversado sobre a situação. A brasileira encontrada morta tem quatro irmãos em Salvador. Além disso, a maior parte da família paterna de Nancy vive na capital baiana.
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