De acordo com fontes internas ouvidas pelo BP Money, estima-se que cerca de 123 pessoas foram desligadas
por Gabriel Rios / Foto: Divulgação
Após iniciar o processo de venda fracionada de lojas, o Makro promoveu uma demissão em massa nesta terça-feira (7). De acordo com fontes internas da rede ouvidas pelo BP Money, estima-se que cerca de 123 pessoas foram desligadas na data de hoje.
Uma fonte, que preferiu não ser identificada, afirmou que o processo vinha sendo realizado desde o anúncio da venda das lojas, com total apoio da diretoria e da gerência. Porém, como não havia uma data concreta de quando ocorreriam os desligamentos, uma parte acabou sendo pega de surpresa nesta terça.
Ainda de acordo com informações obtidas pela reportagem, alguns funcionários com funções mais "essenciais" serão mantidas até o fechamento final do processo de saída do País.
Os funcionários demitidos pela companhia tiveram seus benefícios estendidos, como plano de saúde e PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). A reportagem entrou em contato com o Makro, mas ainda não obteve retorno.
Makro planeja saída do Brasil
As demissões ocorrem em um momento em que o Makro vem buscando vender todos os imóveis para deixar o mercado brasileiro. No último dia 25, a empresa já havia vendido 16 imóveis e 11 postos de combustíveis para o Grupo Muffato.
A empresa vem preparando terreno desde abril do ano passado para sair do Brasil após cinco décadas.
A rede de atacado decidiu vender todos os seus pontos comerciais em São Paulo. Com isso, o grupo holandes SHV, dono da cadeia, decidiu deixar o mercado de atacado no Brasil.
A empresa pediu uma quantia próxima de R$3 bilhões pelas 24 lojas, o equivalente a todo faturamento anual, segundo informações do "Valor".
A companhia é uma das mais tradicionais do setor de atacado no Brasil e está no País desde os anos 70. A Makro já havia vendido 28 lojas para o Carrefour por R$1,95 bilhão, no começo de 2020. A operação no estado paulista tinha sido mantida.
Segundo cálculos do mercado, o valor pedido pela Makro equivale a um preço médio de R$ 120 milhões por loja, quase o dobro dos investimentos na construção de uma loja nova média (R$ 40 milhões a R$ 50 milhões), sem incluir a compra do terreno.
A companhia considerou a posição estratégica da localização de suas lojas para chegar no montante pedido. A Makro tem estabelecimentos em regiões como São Paulo, São José dos Campos, Araraquara e Ribeirão Preto.
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