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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Itamaraty diz não tomar posição na guerra entre Rússia e Ucrânia

Governo Lula assinou um comunicado conjunto com o presidente dos EUA citando 'a violação da integridade territorial da Ucrânia'
Foto: Reprodução, redes sociais/Itamaraty
Em entrevista ao jornalista Jamil Chade, do portal UOL, o chanceler Mauro Vieira negou que o governo Lula (PT) tomou um partido na guerra entre Rússia e Ucrânia ao assinar, na semana passada, um comunicado conjunto com o presidente dos EUA, Joe Biden, citando “a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional”.

“A declaração de que houve a agressão e a invasão é uma questão de estar de acordo com o direito internacional que, aliás, é uma orientação da Constituição Brasileira. Então, nós não estamos tomando partido de forma alguma. Queremos oferecer os nossos bons ofícios, se as partes quiserem, para tentar encontrar uma forma de negociar um cessar-fogo ou algo. Queremos, com outros países, trabalhar para que haja condições de se fazer algum tipo de movimento que leve a um início de negociação para acabar o sofrimento e a destruição. Agora, nós tomamos uma posição no Conselho de Segurança da ONU e na Assembleia Geral, condenando a agressão e invasão. Houve um fato concreto. Não houve dúvida de que houve uma invasão”, destacou o ministro.

Ainda durante a entrevista, Vieira afirmou que a mensagem sobre a agressão ao território ucraniano será colocada ao ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em sua visita ao Brasil em abril. “O recado vai ser este. De ouvir e ver o que eles têm a dizer e dizer, sobretudo, que o Brasil condenou por não poder deixar de condenar uma invasão. A integridade territorial de um país foi violada. Da mesma forma que a nossa integridade territorial seja sempre resguardada, temos também que ter a mesma posição com outros países”.

“Mas também vamos dizer que estamos prontos para conversar e colocar à disposição os bons ofícios do Brasil, com outro grupo de países. Nenhum país pode isoladamente conseguir essa façanha. Vamos precisar de um grupo de países que possa promover um diálogo de boa vontade para que se chegue a algum tipo de entendimento”, completou Vieira.

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