Em Lisboa, ministro disse que do Val não quis formalizar denúncia
Foto: Alejandro Zambrana/TSE
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou nesta sexta-feira (3) que senador Marcos do Val (Podemos) o procurou para relatar ter participado de reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), onde lhe foi proposto que gravasse o magistrado.
Em conferência de negócios do Grupo Lide, fundado pelo ex-governador de São Paulo João Doria, em Lisboa, o magistrado disse que o parlamentar se recusou a formalizar em depoimento a denúncia de que teria recebido proposta para participar de um eventual plano golpista.
Moraes disse que, diante da recusa do senador em formalizar a denúncia, se despediu de Do Val pois “o que não é oficial, para mim não existe”.
“Eu indaguei ao senador se ele reafirmaria isso e colocaria no papel, que eu tomaria imediatamente o depoimento dele. O senador me disse que isso era uma questão de inteligência e que infelizmente não poderia confirmar. Então eu levantei, me despedi do senador, agradeci a presença, até porque o que não é oficial, para mim não existe”, afirmou Moraes, segundo a Agência Brasil.
Na ocasião, o ministro ironizou “a ideia genial” de “colocar uma escuta no senador que não tem nenhuma intimidade com ele”. “Conversei exatamente três vezes na vida com esse senador”.
Na avaliação de Moraes, o objetivo da movimentação era “solicitar a sua retirada da presidência dos inquéritos”, a depender de que Do Val conseguisse chegar durante a eventual conversa gravada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário