"Mais uma vez, em nome dos pobres, se comete um grave desvio institucional", acrescentou o pedetista
Foto: Reprodução / Youtube
O pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), utilizou as redes sociais, nesta sexta-feira (1º), para criticar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um estado de emergência no país e viabiliza uma série de benefícios, aprovada na quinta-feira (30), pelo Senado Federal, em primeiro turno.
“A tal PEC das Bondades – que deveria se chamar PEC do Desespero, PEC do Fim do Mundo, ou PEC da Vergonha – é mais um capítulo deste festival de PECs que assola o país, com o beneplácito dos Três Poderes. Um desmantelo institucional do qual todos nós viramos vítimas e cúmplices. Temos um Executivo bandido e perdido. Um Legislativo acuado, cercado, de um lado, pelas labaredas de uma tragédia social e pressionado internamente pelo rolo compressor de uma maioria oportunista”, disse.
Classificada pela oposição como uma “PEC eleitoreira”, uma vez que está sendo analisada a três meses da eleição, ela amplia até o final do ano o Auxílio Brasil, o vale-gás e viabiliza a criação de um voucher temporário de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos e um benefício para taxistas.
“Tão grave quanto, temos um STF que às vezes parece abdicar do seu papel de garantidor mor da Constituição para se contentar com ativismos diversos, e permite, que aquilo que deveria ser exceção, as PECs, virem uma expressão cotidiana de politicagem. Mais uma vez, em nome dos pobres, se comete um grave desvio institucional. Em um momento em que se discute, com absoluta falsidade fática e conceitual, supostas ameaças de fraude eleitoral, acaba de ser cometida a grande fraude eleitoral destas eleições”, acrescentou Ciro.
A proposta recebeu 72 votos favoráveis e apenas um contra, do senador José Serra (PSDB). O impacto da proposta nos cofres públicos pode chegar a R$ 41,2 bilhões.
“O verdadeiro Estado de Emergência, em especial na sua feição institucional, existe desde a usurpação do poder por Temer. O estado de emergência política já virou estado de emergência social há muito tempo, nas mãos de um governo corrupto, sanguinário e insensível. Agora assistimos o nascimento do estado de emergência eleitoral, filho mais novo do estado de emergência institucional, este ser que cultua e pratica a autofagia legal, onde as leis devoram umas às outras, inclusive a lei maior, que é a Constituição”, concluiu o pedetista.
Ciro Gomes (PDT), desembarcou no aeroporto de Salvador, na manhã desta sexta-feira (1º), para cumprir agenda na capital, nos festejos do Dois de Julho, e no interior da Bahia. Além do Cortejo, Ciro deve visitar o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil) e participar do lançamento da pré-candidatura de Félix Mendonça Júnior.
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