Com a correção, as passagens áreas são pressionadas e também podem ficar mais caras
Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas
A Petrobras anunciou na quarta-feira (1º) mais um reajuste do querosene de aviação (QAV) nas refinarias. O aumento pode chegar a 11% em comparação à cotação do mês de maio. Com a nova correção, as passagens áreas são pressionadas e também podem ficar mais caras aos consumidores.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o preço do litro do QAV acumula alta de 64,3% só no primeiro semestre deste ano.
De acordo com os dados divulgados pela Petrobras, a região que registrou o maior aumento foi Duque de Caxias, município do Rio de Janeiro, com aumento de 11,29%, seguido por Betim, em Minas Gerais, com 11,14%.
O QAV produzido em solo brasileiro corresponde a 93% (ou 4,1 bilhões do consumo total de 4,4 bilhões de metros cúbicos) do combustível consumido no país, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
Mesmo com a produção brasileira superior aos 90%, o insumo é precificado em dólar, o que influencia diretamente no preço final do produto.
A Abear afirma que o QAV possui um grande potencial para a aviação, já que, corresponde a mais de um terço dos custos totais das companhias.
No mesmo dia em que a Petrobras anunciou o reajuste do querosene de avião, as ações das empresas aéreas Azul e Gol registraram quedas de 5,82% e 3,86%, respectivamente. Contudo, nesta quinta-feira (2), as ações das companhias operam com uma leve alta no dia – de 0,21% e 0,78%.
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